ATA DA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 03-02-2016.

 


Aos três dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dinho do Grêmio, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Alberto Kopittke, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, João Ezequiel, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 251/15 (Processo nº 2659/15), de autoria de Antonio Matos; o Projeto de Resolução nº 057/15 (Processo nº 3015/15), de autoria de Idenir Cecchim; os Projetos de Lei do Legislativo nos 245, 279, 291 e 293/15 (Processos nos 2541, 2831, 2907 e 2920/15, respectivamente), de autoria de João Carlos Nedel; o Projeto de Lei do Legislativo nº 258/15 (Processo nº 2694/15), de autoria de Márcio Bins Ely; o Projeto de Lei do Legislativo nº 284/185 (Processo nº 2873/15), de autoria de Mendes Ribeiro; os Projetos de Resolução nos 054 e 055/15 (Processos nos 2889 e 2938/15, respectivamente), de autoria de Paulinho Motorista; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 083/15 (Processo nº 1005/15), de autoria de Sofia Cavedon. Após, foram apregoados os ofícios nos 1474/15, 011, 035, 070, 012, 076 e 071/16, encaminhando os Projetos de Lei do Executivo nos 002, 001 e 003/16, Vetos Totais aos Projetos de Lei do Legislativo nos 232/15 e 179/14 e ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 022/15 e Veto Parcial ao Projeto de Lei do Executivo nº 024/14 (Processos nos 0141, 0105, 0142/16, 2362/15, 1896/14, 1958/15 e 1632/14, respectivamente). Ainda, foi apregoado o Ofício nº 067/16, do Prefeito, comunicando que estará em gozo de férias regulamentares do dia vinte e nove de janeiro ao dia sete de fevereiro do corrente. Também, foi apregoado o Memorando nº 006/16, de autoria de Mônica Leal, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, no dia três de fevereiro, na Sessão Solene de Eleição e Posse dos Membros da Mesa Diretora para o período 2016/2017 da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Após, foi apregoado o Memorando nº 001/16, de autoria de Márcio Bins Ely, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, no dia vinte e um de janeiro do corrente, em reunião Executiva Nacional do Partido Democrático Trabalhista – PDT –, e no dia vinte e dois de janeiro do corrente, em reunião do Colegiado do PDT, em Brasília – DF. Em seguida, foi apregoado o Memorando nº 001/16, de autoria de Delegado Cleiton, deferido pelo Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, no dia três de fevereiro, na Solenidade de Posse dos Desembargadores eleitos para o Biênio 2016/2017 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Após, foi aprovado Requerimento de autoria de João Bosco Vaz, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares nos dias três, quatro, dez e onze de fevereiro do corrente. Ainda, foi aprovado Requerimento de autoria de Prof. Alex Fraga, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares do dia primeiro ao dia onze de fevereiro do corrente, tendo o Presidente declarado empossado na vereança o suplente João Ezequiel, informando que Sua Senhoria integraria a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana. Também, foi apregoado Termo, assinado por Marcelo Sgarbossa, comunicando que, a partir do dia primeiro de janeiro do corrente, Sofia Cavedon, Alberto Kopittke e Marcelo Sgarbossa passaram a exercer os cargos de Líder e Vice-Líderes, respectivamente, da Bancada do PT. Após, o Presidente convidou João Antônio Dib, ex-prefeito e ex-vereador de Porto Alegre, a pronunciar-se acerca do início dos trabalhos da Quarta Sessão Legislativa Ordinária. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Jussara Cony, Sofia Cavedon, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Clàudio Janta, Nereu D'Avila, Engº Comassetto e Tarciso Flecha Negra. Na ocasião, foi apregoado documento, de autoria de Cassio Trogildo, informando que estará representando externamente este Legislativo, no dia três de fevereiro do corrente, na Sessão Solene de Eleição e Posse dos Membros da Mesa Diretora para o período 2016/2017 da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, no município de Porto Alegre. Às quinze horas e vinte e cinco minutos foi realizada chamada para ingresso na Ordem do Dia, constatando-se a inexistência de quórum deliberativo. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão: o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 029/15, os Projetos de Lei do Legislativo nos 212, 233, 268, 219/15, discutido por Fernanda Melchionna, 236/15, discutido por Fernanda Melchionna, e 255/15, discutido por Raul Fraga, e o Projeto de Lei do Executivo nº 045/15. Ainda, João Ezequiel pronunciou-se durante o período de Pauta. Durante a sessão, Alberto Kopittke manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às quinze horas e quarenta e três minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a próxima sessão ordinária. Os trabalhos foram presididos por Guilherme Socias Villela e secretariados por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Apregoo Termo de Indicação de Líder e Vice-Líder do Partido dos Trabalhadores, que será constituído pela Ver.ª Sofia Cavedon, como Líder; e pelos Vereadores Alberto Kopittke e Marcelo Sgarbossa, como Vice-Líderes.

Apregoo o Memorando nº 06/16, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, nos termos do art. 227, § 6º e 7º do Regimento – justificativa de falta –, que comunica a sua participação na Sessão Solene de Posse da Presidência da Assembleia Legislativa, exercício 2016/2017, no dia de hoje.

Apregoo o Memorando nº 001/16, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, nos termos do art. 227, §§ 6º e 7º do Regimento – justificativa de falta –, que comunica a sua participação na reunião da Executiva Nacional do Partido Democrático Trabalhista – PDT, no dia 21 de janeiro de 2016, e na reunião do Colegiado do PDT, no dia 22 de janeiro de 2016, ambas em Brasília/DF.

Apregoo o Memorando nº 001/16, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que comunica representará esta Casa na Solenidade de Posse dos Desembargadores eleitos para o Biênio 2016/2017 do Tribunal da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, no dia de hoje.

O Ver. João Bosco Vaz solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares nos dias 03 e 04 de fevereiro e 10 e 11 de fevereiro de 2016. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Prof. Alex Fraga solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no período de 1º a 11 de fevereiro de 2016. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Em razão da licença concedida ao Ver. Prof. Alex Fraga, declaro empossado o Ver. João Ezequiel, que já prestou compromisso.

Registro a presença do Ver. João Antônio Dib, que é sempre bem-vindo a esta Casa que foi sua. (Palmas.) O Sr. João Antônio Dib está com a palavra para fazer uma mensagem de início de Legislatura.

 

O SR. JOÃO ANTÔNIO DIB: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, digo da minha honra e satisfação de viver este momento na Casa onde durante 40 anos, um pouco mais até, tive um convívio fraterno com todos, sem nenhuma restrição, sem nenhum problema. Aqui aprendi muito. Aqui aprendi que o povo de Porto Alegre fala nesta Casa e o povo de Porto Alegre é representado por cada um dos 36 Vereadores. Aprendi também que os Vereadores colocam o interesse da Cidade acima dos seus interesses próprios porque um político, na realidade, tem que se preocupar com a realização do bem comum e é isso o que cada um dos senhores fazem; e é isso o que tenho certeza que neste segundo ano da legislatura vai acontecer com a preocupação constante de cada um com os problemas que esta Cidade tem que enfrentar porque o prefeito é o administrador da escassez. Lamentavelmente a nossa forma tributária é madrasta das prefeituras e os prefeitos são obrigados a administrar a escassez.

E os Vereadores, sem dúvida alguma, ajudam o prefeito nessa atividade que ele tem de cuidar dos interesses da Cidade. Portanto, eu desejo a todos vocês muito sucesso, muito bom trabalho. Saúde e paz.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, sempre Ver. João Antônio Dib, que fez uma importante saudação a todos nós no início deste ano Legislativo. Sempre é um prazer e uma honra poder conviver com o Ver. João Antônio Dib.

Venho a esta tribuna, em nome do PCdoB, até porque representei a Casa, por indicação, desde o primeiro ano da Legislatura, juntamente com o Ver. Clàudio Janta, na comissão organizadora do Fórum Social Temático, onde esta Casa foi novamente território do Fórum e teve uma participação importante dos Vereadores. A partir da Mesa Diretora, vários Vereadores e Vereadoras estavam envolvidos no Fórum Social. Este ano de 2016, que começou com o Fórum Social aqui na cidade de Porto Alegre, acho que foi um importante desafio para os movimentos populares e sociais. Preparar as bases para uma longa luta que está sendo travada dentro e fora dos limites territoriais do nosso País, internamente, contra ofensiva dos setores conservadores que buscam desestabilizar e até inviabilizar até o Governo Dilma. Num nível global, enfrentando as investidas do imperialismo, que também nos atacam, que trabalha diuturnamente para fazer valer seus interesses em detrimento da soberania dos países e da autodeterminação dos povos. Essa foi a principal temática aliada ao mundo do trabalho que este Fórum Social Mundial tratou, Neste sentido, o Fórum Temático de Porto Alegre tem papel fundamental para além das críticas pontuais que o classificaram como esvaziado em relação às edições anteriores, a verdade é que o Fórum Social Temático de 2016 conseguiu, mais uma vez, garantir um debate democrático em torno dessas e outras questões. E o mais importante, com muita unidade de amplitude. Com isso, o que vimos foi um verdadeiro diálogo continental, a formação de uma rede composta por frentes, organizações, movimentos, partidos, centrais sindicais, associações de dentro e de fora do Brasil que para além de suas bandeiras específicas conseguiram, em uníssono, dizer, enfaticamente: Outro mundo é possível, e estamos dispostos a construí-lo juntos. Outro mundo é possível, urgente e necessário, e a vontade de construir esse novo mundo juntos se expressou de uma forma diferenciada, eu diria, neste fórum, em função da própria crise do capitalismo, esse agravamento da crise do capitalismo no mundo inteiro. Nos dias que tivemos, que foram cinco, aqui nesta Casa recebemos, no dia 17, o Fórum Mundial da Educação, com a presença inclusive do Presidente, de Vereadores e Vereadoras. A marcha da abertura, que reuniu cerca de 20 mil pessoas até a assembleia final, que foi à tarde, no dia 23, e depois dia 24 todo o dia; tivemos também a reunião do Comitê Internacional já com os desdobramentos Internacionais do Fórum e também já pensando no próximo Fórum em Porto Alegre. Nós aprovamos uma carta dos movimentos, e o que a gente viu nesse processo todo? Foi uma grande teia formada por jovens, por idosos, por mulheres, por homens, por gays, por lésbicas, travestis, transexuais, negros, sindicalistas, militantes e ativistas de todas as áreas, discutindo temas relevantes para o mundo contemporâneo; foi o Fórum da diversidade respeitada e da diversidade de cultura entendida como a maior riqueza da humanidade. Para citar alguns, as mulheres tiveram uma enorme presença, mostrando que a Primavera das Mulheres, no ano passado, foi apenas o começo de uma nova etapa emancipacionista. Também todos os outros setores citados tiveram um papel importante. Quando fizermos o relatório desta Câmara de Municipal para o Fórum, nós estaremos trazendo o todo que foi o Fórum e a participação específica da Câmara. Mas não quero sair desta tribuna sem um olhar da nossa Bancada em respeito ao que aconteceu na nossa cidade de Porto Alegre. Eu creio que foi uma resposta da natureza ao descaso e uma depredação que ela sofre todo o dia num mundo de interesses capitalistas, neoliberais, e que não olha e não cuida dessa natureza. Ela está respondendo. E me preocupa muito, Sr. Presidente, é que Prefeito municipal ainda não se manifestou. Mas a Cidade, os seus moradores vão aos poucos superando o ocorrido com a nossa Cidade. Houve muita solidariedade entre as pessoas. Eu acho que isso é importante de se dizer, a mesma solidariedade do Fórum, uma semana depois, se manifestou entre os cidadãos e as cidadãs de Porto Alegre. Mas o Prefeito não se manifestou. Mas é em momentos assim que as pessoas se unem, e a unidade sempre é fator de superação. Fator de superação na nossa cidade de Porto Alegre, fator de superação no nosso País, e fator de superação, de unidade no mundo inteiro, por um outro mundo possível, necessário, por uma nova sociedade. Agradeço a atenção de todos e desejo que este ano seja muito profícuo aos meus colegas homens e mulheres, e que nós, esta Casa, possamos ter cada vez mais isso que o Ver. Dib nos deixou, esse envolvimento com a cidade de Porto Alegre. É um ano de eleição municipal, mas eu creio que seja um ano, antes de mais nada, de nós aprofundarmos as relações políticas no sentido de que nós possamos colocar política no patamar elevada que o povo de Porto Alegre merece. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver.ª Jussara Cony. A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente dos trabalhos, Ver. Villela; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; assessoria e a população que acompanha; eu quero cumprimentar, em especial, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, a minha bancada - Ver. Engº Comassetto, Ver. Marcelo Sgarbossa, Ver. Mauro Pinheiro e Ver. Alberto Kopittke -, meus colegas que me honram este ano com a possibilidade de exercer a Liderança da Bancada do Partido dos Trabalhadores. É uma possibilidade que me honra, mas que me dá muita responsabilidade, porque nós viveremos um ano conturbado, um ano forte, um ano de eleições, mas eu quero afirmar aqui que é um ano promissor.

Sempre acredito que a democracia, que o momento das eleições - momento de grandes mobilizações em torno do debate das Cidades neste ano - é um momento oportuno de aprimorar a democracia, de aprimorar gestão, de discutir os rumos da nossa Cidade, de ativar a cidadania, de medir forças, sim, das ideias, a força das ideias para esta Cidade ou para as cidades do nosso Brasil.

Eu também tenho a tarefa, como Líder, compartilhada com os Vereadores Kopittke e Sgarbossa, que serão os Vice-Líderes, e obviamente com toda a nossa bancada, de representar aqui, sim, o Governo Federal, responder por ele, fazer o debate e socializar o debate que fazemos com ele. E nós entendemos que este ano é um ano alvissareiro. Muitos que acreditam e querem iludir o povo brasileiro dizendo que basta um golpe, que basta retirar a Presidenta, que basta criminalizar um partido, ou seja, que basta inventar uma Geni e nós resolveremos o problema do País, terão a resposta concreta, e já estão tendo, do Governo Federal e da sociedade brasileira. As mobilizações de fim de ano, o Fórum Social Mundial, que aqui realizou seu encontro temático, deixam muito claro que os brasileiros não vão abrir mão da democracia, e que as instituições estão trabalhando como nunca, as instituições de controle, as instituições que prendem e que investigam. Nos últimos anos, de Lula e Dilma, só a Polícia Federal fez quase três mil grandes operações, com prisões simultâneas, com um longo processo de investigação; o Procurador-Geral é isento e encaminha todas as denúncias, os juízes têm autonomia e trabalham prendendo todos os que têm alguma responsabilidade ou malfeito com o serviço público, por isso nós precisamos celebrar este momento. Celebrar e trabalhar no seu aprofundamento, e precisamos fugir dessa fala fácil e ilusória de quem não quer que se dê seguimento às investigações, de quem não quer que se recupere recurso público, de quem não quer que tenha reforma política, de quem não quer que este ano seja um novo ano, em que eleições não tenham mais vinculações com empresas. Nós acreditamos – e temos certeza – na idoneidade da Presidenta Dilma, na irregularidade do processo de impeachment, e temos certeza de que ela vai aprofundar as leis e os instrumentos que tornarão o Estado brasileiro finalmente um Estado virtuoso, um Estado isento dos ataques dos corruptos e dos corruptores. É nesse caminho que nós pretendemos que aconteçam os debates eleitorais e os desta Casa, debates que vão, sim, discutir os rumos do Governo Federal, porque a política econômica que começa a mudar chega na vida dos cidadãos e cidadãs da cidade de Porto Alegre, porque programas, como o Minha Casa, Minha Vida – hoje a Presidenta Dilma entregou nove mil unidades no Brasil –, precisam ser implementados e incrementados na cidade de Porto Alegre; nós vamos fazer o debate da Cidade e da gestão desta Cidade.

Vivemos um momento dramático nesta sexta-feira que passou, e ele não serve para aproveitamento político, eleitoral, é um momento que nos sacode, que nos faz pensar sobre a gestão da Cidade, sobre a gestão da nossa área vegetada, sobre a política de se preparar para eventos diferenciados para catástrofes. Porto Alegre é extremamente deficiente. O investimento em recursos humanos é um problema sério da SMAM, da nossa engenharia, do nosso arquiteto, e, portanto, é retirada a capacidade de planejamento e de prevenção na cidade de Porto Alegre.

Eu encerro, Presidente Villela, desejando a todos que nós, Ver. Mario Manfro, Vereadoras e Vereadores, nesta Casa, possamos ter muitos embates respeitosos e duros, mas todos resolvidos nas regras democráticas, e possamos ajudar a cidade de Porto Alegre a evoluir, a fiscalizar melhor o seu Governo, a auxiliar o Governo para que acerte mais as políticas e encontre um bom debate. Que mude o rumo da cidade de Porto Alegre a partir das eleições deste ano! Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver.ª Sofia Cavedon. A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela, quero lhe cumprimentar, assim como cumprimento todos os trabalhadores que nos acompanham a Sessão na tarde de hoje – trabalhadores da Carris. Cumprimento o meu colega Ver. João Ezequiel, que assume como Vereador, neste momento, aqui na Câmara de Vereadores. É um lutador ativista, municipário atuante na cidade de Porto Alegre, sempre defendendo e lutando pela saúde do povo e pelo direito dos trabalhadores municipais. Cumprimento os Vereadores e as Vereadoras e o sempre Vereador João Antônio Dib, que falou anteriormente.

Quero falar sobre três temas que, obviamente, preocupam a todos nós. Primeiro: neste início do ano de 2016, nós estamos vendo a tentativa de, mais uma vez, os Governos repassarem para os trabalhadores a conta da crise econômica. Ontem, no discurso no Congresso Nacional, a Dilma falou de três medidas que, mais uma vez, tratam de massacrar o povo trabalhador do nosso País, entre elas a reforma da previdência, querendo que as trabalhadoras trabalhem mais para poderem se aposentar, aumentando a idade mínima; e a questão da CPMF, que foi um imposto criado durante o Governo do Fernando Henrique Cardoso – é sempre bom relembrar – para a saúde, mas que nunca foi para a saúde, e que foi extinto. Mais uma vez, querem fazer com que esse imposto volte aos bolsos da nossa população sem discutir uma questão estrutural: a dívida pública. Ao contrário, o Governo Dilma vetou a possibilidade de auditar a dívida pública que consome 50% do orçamento para financiar os banqueiros e os grandes empresários. E teve, mais uma vez, o combate, pelo Governo Federal, de algo que poderia garantir recursos para as áreas sociais e parar de drenar os recursos do povo para financiar uma elite parasita.

Nós precisamos também, neste início de ano, retomar uma pauta que não foi inventada pela Luciana Genro na campanha de 2014, muito embora ela tenha sido a porta-voz, mas está na Constituição Federal o imposto sobre as grandes fortunas para que os milionários paguem mais impostos e que se possa reverter essa pirâmide tributária que massacra o povo trabalhador e que, ao mesmo tempo, é bastante generosa com as elites econômicas.

Por fim, quero falar dos golpes e de mais uma manobra e do Eduardo Cunha para querer revogar a decisão do Conselho de Ética da Câmara Federal, em dezembro do ano passado, pela admissibilidade do processo contra Eduardo Cunha por quebra de decoro, por mentir sobre as contas ilegais, as contas da corrupção na Suíça. Mais uma vez, na entrada de 2016, o Eduardo Cunha quer dar um golpe para revogar essa decisão. Então este é um ano em que precisamos nos mobilizar.

Quero aproveitar para falar que depois do temporal de sexta-feira, quando todos nós fomos testemunhas do que aconteceu na nossa Cidade, de quase uma hora de susto com o vendaval de mais de 120 km/h, vidros quebrados, desabamentos de árvores, fios, e todos esses cinco dias em que milhares de pessoas ficaram sem água, sem luz, sem telefone, nós precisamos discutir seriamente dois temas: a necessidade de um plano de emergência para que Porto Alegre de fato o tenha quando dessas intempéries; discutir o aquecimento global, porque é fundamental que as cidades cumpram o seu papel para que o meio ambiente não seja atacado fazendo com que haja mais ciclones, furacões no sul do país, que haja a savanização da Amazônia, uma série de mudança que colocam em risco a vida das espécies e do equilíbrio do planeta; em terceiro, um registro aos nossos bravos trabalhadores municipários pela dedicação, trabalhadores da saúde, do DMAE, do DMLU, trabalhadores voluntários. Na sexta-feira, quando vi o temporal, estávamos na rua, e - na Cidade Baixa, no Centro -, naquela escuridão total, ainda não havia nenhuma equipe da Prefeitura, mas havia o povo organizado de Porto Alegre, sinalizando e sendo solidário para mostrar que o nosso povo é capaz de sobreviver a essas intempéries com muita força, mas é fundamental que os governos façam sua parte.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Informo que o Ver. Cassio Trogildo solicita representação externa para participar da Sessão Solene de Eleição e Posse dos Membros da Mesa Diretora para o período 2016/2017, no Plenário 20 de Setembro do Palácio Farroupilha, da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela, é um prazer tê-lo presidindo esta primeira Sessão do ano, é uma alegria, pelo passado que V. Exa. tem nesta Cidade pelos serviços prestados. Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, hoje estamos iniciando mais um ano do nosso mandato, um ano importante, um ano com eleições. Eu sinceramente espero que todos os colegas tenham um ano profícuo de debate, um ano profícuo de ideias e de votos também, visto que a grande maioria será candidato à reeleição. Desejo que todos tenham um bom ano, embora tenhamos começado este mês de fevereiro com parte da Cidade destruída pelo vendaval que assolou Porto Alegre na ultima sexta-feira à noite. A cidade e o povo de Porto Alegre têm no seu coração uma solidariedade muito forte, tem nos seus administradores competência e vontade de acertar. Eu quero fazer aqui uma referência ao Vice-Prefeito Sebastião Melo, que está no exercício da Prefeitura, e desde a última sexta-feira à noite até agora dormiu poucas horas. Está sempre disposto, com a equipe toda da Prefeitura, fazendo o que é mais urgente, comandando uma reconstrução, uma desobstrução de vias e chamando todos nós para colaborarmos. O povo de Porto Alegre está colaborando. Isso mostra que o Prefeito José Fortunati, que está de férias, tem, na sua equipe de Governo, a continuidade e a competência para gerir uma crise. Isso que está acontecendo é uma crise, e o Vice-Prefeito está demonstrando a sua capacidade, a sua aptidão e o seu preparo para conduzir os destinos de Porto Alegre. Sebastião Melo, nesta última semana, demonstrou e está demonstrando que é um Vice leal ao seu Prefeito, à sua Cidade, a todos os partidos que compõem a base de Governo e à oposição também. A oposição sabe e sente que este é um momento de se unir para ajudar a reerguer aquilo que foi destruído. Então, eu queria fazer esse registro, porque estamos todos tristes pelo que aconteceu, mas felizes pelos resultados da ação da Prefeitura, da ação conjunta com o Governo do Estado, com a sociedade, com as entidades. Nesse particular, temos que aplaudir aqueles que estão na rua trabalhando – Exército, Município, Estado, Defesa Civil, todos os órgão da Prefeitura e a população de Porto Alegre, que não se deixou vencer por um temporal. Espero que, este ano, tenhamos mais coisas positivas para festejar e compensar essa semana terrível que viveu Porto Alegre, mas que, graças a todos, estamos vencendo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Guilherme Socias Villela; colegas Vereadores, população de Porto Alegre, que passou, nesses últimos dias, por esse grave incidente meteorológico; como o Cecchim disse, a nossa Cidade dá um exemplo, os nossos gestores públicos dão um exemplo. A nossa Cidade não está preparada para esses acontecimentos, mas os nossos gestores agiram rapidamente, mantendo um padrão, tentando ligar as luzes, a água, desobstruindo as avenidas, tentando restabelecer a normalidade na vida das pessoas. Como o ex-Prefeito e decano desta Casa disse, são os Municípios que mais sofrem, assim como as pessoas que menos ganham neste País. Isso se vê quando aumenta a taxa de desemprego no País, quando se tenta novamente, aumentar impostos e quando se vê que grandes grupos empresariais se beneficiaram sonegando muitos impostos. Está se vendo, pela operação Zelotes, que os grupos Gerdau e RBS podem estar devendo R$ 10 bilhões por sonegação de impostos. Um dos membros do CARF recebeu em torno de R$ 50 milhões para fazer a negociação. O Paulo Roberto Cortez, descaradamente, afirmou que só pagam impostos neste País os coitadinhos, os assalariados, e que os grandes não pagam impostos - a operação Zelotes prova isso. A Gerdau se livrou de uma dívida que pode chegar ao valor de R$ 4 bilhões; o grupo RBS, de R$ 6 milhões. Somando RBS, Gerdau, Cimento Penha, Boston Negócios, J.G. Rodrigues, café Irmãos Júlio, Mundial-Eberle, Ford, Mistubishi, Santander e Safra, o valor total pode chegar a R$ 19 bilhões, dinheiro do povo que poderia ajudar a Prefeitura de Porto Alegre, que poderia ajudar outras prefeituras; não fazendo com que agora os prefeitos estivessem de pires na mão pedindo para o Congresso vetar a proposta da Presidente de não repassar recursos para os Municípios. A União quer concentrar cada vez mais recursos, sacrificando cada vez mais os Municípios; os Municípios é que são os responsáveis pelas questões mínimas da população e para os quais, cada vez mais, são repassadas responsabilidades como a saúde, a educação, mobilidade, para ajudar as pessoas no seu dia a dia. E, agora, se vê também a questão da segurança pública ao querer encaminhar isso para os Municípios.

Então, Sr. Presidente, temos certeza que, com muita determinação, este será um ano de as pessoas terem afirmação de melhorar a sua vida, terem afirmação de procurar emprego e de ter um Brasil melhor, sem aumento de impostos, vendo os corruptos na cadeia – não ver só os donos de empresas nas cadeias, ver os políticos que corromperam este País na cadeia.

Com muita força, fé e solidariedade, com certeza, nós teremos uma política bem melhor e ímpar neste País. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Nereu D'Avila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NEREU D'AVILA: Sr. Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela, nosso sempre Prefeito; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos assistem nesta tarde de recomeço de mais uma Sessão Legislativa desta Câmara; em nome do PDT – do Ver. Márcio, nosso líder, Ver. Delegado Cleiton e Ver. Dr. Thiago –, demais Vereadores que comparecem a esta Sessão, queremos dar as boas-vindas pelo recomeço deste ano que vai ser muito importante para o municipalismo brasileiro, porque vai haver eleições e o embate vai ser bem disputado, pois temos que considerar o desencanto da população por algumas razões e ainda certas ocorrências que, vez por outra, trazem uma calamidade pública como essa, inesperada, pela qual Porto Alegre passou nos últimos dias. Ainda estamos sentindo, ao andar pelas ruas, o que foi realmente uma situação atípica e que surpreendeu a todos nós. Mas eu vou reiterar aqui as palavras do Ver. Cecchim, do PMDB, o qual registrou com muita propriedade a atuação do nosso Vice-Prefeito, Sebastião Melo, que está em exercício na Prefeitura. Ele soube liderar em uma hora muito ruim, num fim de semana, num feriadão. Ele soube mobilizar não só as forças da Prefeitura, mas também as forças da segurança do Estado, do Tribunal de Justiça, da Defesa Civil, enfim, de todas as forças vivas da Capital, a CEEE. Também quero ressaltar a atuação muito positiva desse pessoal todo envolvido: mesmo sendo feriado, todos os Poderes públicos – municipal, estadual e federal –, e principalmente aqueles que tiveram ação decisiva sob a liderança do Sebastião Melo, souberam responder à população que se viu inerte, sem água, sem luz por um período absolutamente atípico, pois a natureza foi inclemente conosco, principalmente com certas áreas da Cidade. Portanto, o nosso elogio – ele não precisa e não está pedindo – ao Vice-Prefeito Sebastião Melo pela sua atuação. O Prefeito titular tirou apenas alguns dias de férias e a Cidade foi surpreendida por essa situação.

Queria me referir também ao início dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional ontem: surpreendeu-me que a Presidente, que nunca comparece a esse tipo de evento, estava presente. Para quê? Não para dar boas-vindas aos Deputados ou para fortalecer a base aliada, mas para pedir o retorno da CPMF, que é uma nova investida do País. Ora, quem não está segurando a inflação que já está em dois dígitos – é só ir ao supermercado para se ver –, quem deixou a dívida pública triplicar, quem está deixando que a situação do País esteja perturbando a todos brasileiros, depois de ter gastado com pedaladas fiscais muito mais do que a arrecadação do País, agora vem para a população com a desfaçatez de pedir mais um imposto para salvar o País. É muita cara de pau! É muita desfaçatez comparecer ao Congresso não para saudar o ano Legislativo, que vai ser puxado, em que teremos de enfrentar a crise, mas simplesmente para pedir mais impostos. Então, nós queremos lamentar. E o Senador Lasier fez um artigo, ontem, no jornal Zero Hora, lamentando a participação do PDT em nível federal, e nós endossamos a palavra do Senador. Enfim, teremos um ano de muito trabalho, e temos certeza de que todos os Vereadores e Vereadoras estão preparados para que não decepcionemos esta população que, além de sofrer as agruras de um Governo Federal que não está dando conta de suas obrigações, cujas promessas de campanha não foram essas, além disso, a população sofre, volta e meia, como foi o caso agora, da inclemência do tempo fazendo com que Porto Alegre esteja, recém, depois de três ou quatro dias, começando a se recuperar dessa catástrofe. Temos certeza de que o Poder Legislativo não só estará atento ao que está acontecendo como também nós, quando chamados, junto com a população, saberemos responder positivamente pelas responsabilidades que estão depositadas nos nossos ombros. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver. Nereu D’Avila. O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Prezado Presidente, Ver. Socias Villela; venho aqui em nome dos partidos de oposição, do meu Partido, o Partido dos Trabalhadores; do PCdoB, com anuência da Ver.ª Jussara Cony, nossa Líder; da Ver.ª Fernanda, do PSOL; primeiro, desejar a todos os colegas um 2016 com muito afinco, muito debate, e que possamos tratar os temas que dizem respeito à cidade de Porto Alegre. Voltamos justamos em um momento em que Porto Alegre passa por uma dificuldade muito grande em função da intempérie fora do normal que caiu sobre a Cidade. Em nome da oposição quero cumprimentar todos aqueles que se envolveram, desde a esfera federal, estadual e municipal, bem como as cidades vizinhas. Recebi há poucos minutos um telefonema do nosso ex-Vereador, colega Carlos Todeschini, que está de Secretário do Meio Ambiente, em Canoas, dizendo que Canoas prestou auxílio a Porto Alegre – nossos cumprimentos ao Prefeito Jairo Jorge.

Vereadores, creio que esta Casa pode ter um papel diferenciado do que ela vem tendo de simplesmente analisar os fatos, analisar as intempéries, e nós ficarmos extremamente passivos diante dessas situações. No ano passado, quando veio o tema dos alagamentos na cidade de Porto Alegre, vimos a esta tribuna e fizemos um pronunciamento semelhante a este que estamos fazendo. Refiro-me a que Porto Alegre até o momento não instituiu a complementação ou a regulamentação da Lei nº 12.608, lei nacional de 10 de abril de 2002, que instituiu a política nacional de proteção e defesa civil, em que todos os municípios têm que elaborar o seu Plano Municipal de Proteção e Defesa Civil no enfrentamento das catástrofes. O que significa isso? Ver. Cecchim, é verdade que a Cidade reagiu, mas muitos problemas surgiram no decorrer da montagem do enfrentamento do evento que estava acontecendo, no nosso ponto de vista, pela carência de uma política prévia elaborada. Com esta política prévia, que já está constituída nacionalmente com a política nacional de proteção e defesa civil, bom, que o Município possa ter a sua estrutura, ter o seu comando, saber quem compõe esse comando, e, de imediato, estar sempre cem por cento dos dias do ano, ou cem por cento das horas do dia, disponível para enfrentar uma situação de catástrofe. Não basta simplesmente unificar esses órgãos. E ai, Ver. Cecchim, o Município é responsável pela condução, sim, mas tem que ter uma ação em conjunto do Município, do Estado, da União e da sociedade civil. A sociedade civil que, neste momento, muitas comunidades foram para a rua para ajudar a desobstruir as vias, muitas vezes, correndo riscos, porque, com uma catástrofe como esta, de imediato, tem que sair um comunicado público orientando a Cidade, orientando a população quanto aos perigos que correm, principalmente, dos choques elétricos que podem ocorrer. Felizmente, Porto Alegre, não padeceu disso, não houve nenhuma morte, apesar dos 150 casos que recorreram ao Pronto Socorro. Portanto, eu trago aqui esta sugestão, em nome da oposição, Ver. Guilherme Socias Villela, que esta Casa poderia oferecer um debate de imediato para instituir o Programa Municipal de Proteção e Defesa Civil para deixarmos instituído, junto com o Executivo. Isso é uma lei nacional e Porto Alegre não constituiu ainda a sua lei municipal. Diante disso, creio que é uma tarefa que não é – Ver. Cecchim, o senhor tem razão – um tema de situação ou oposição. Como é que fazemos isso? Podemos fazer? Podemos. Então, nós estamos propondo aqui instituir aqui pela Casa a proposta de construir a política municipal de proteção e defesa civil que venha a coesionar. O Secretário Elisandro, do DMAE, diz que as casas de bombas não funcionaram, porque precisam de gerador. Nós precisamos de R$ 50 milhões. Bom, se tiver um programa, uma definição se isso é prioridade, não precisa acontecer uma situação para dizer isso, temos que ter antecipadamente esse equipamento para funcionar em situações como essa. É um exemplo que trago aqui. Então, Vereador Presidente Socias Villela, o senhor que já foi Prefeito, sabe que a Câmara pode contribuir para que em momentos como este já se entre no enfrentamento com um plano consolidado. E não precisa ter todo esse esforço para, durante a intempérie, correr atrás da máquina para apresentar soluções. Um grande abraço, muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver. Engº Comassetto.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Sr. Presidente, Ver. Villela, só gostaria de fazer um registro, com a sua permissão, de agradecimento a toda a ajuda que a nossa Cidade recebeu de outras cidades. Cito aqui, explicitamente, a cidade de Canoas, que mandou todas as suas equipes em apoio à nossa Cidade, o Prefeito Jorge enviou serra elétrica e caminhões também em solidariedade à Porto Alegre. E é importante registrar o nosso agradecimento neste momento. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver. Alberto Kopittke. Que se associe esta homenagem a outros Municípios, a exemplo de Teotônia.

O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa tarde, Presidente Guilherme Socias Villela, Vereadores, Vereadoras, a todos os que nos assistem. Apesar da tristeza, lá no fundo existe uma alegria, é como os meus pais dizem: “Vão se os anéis, ficam os dedos”. As pessoas estão vivas, e foram-se muitas árvores. A gente gostaria que Porto Alegre continuasse com as árvores, mas a natureza mostrou mais uma vez a sua força. Em Minas Gerais, a minha terra natal, tivemos aquela catástrofe que levou muitas vidas, no Rio de Janeiro também, foram levadas muitas vidas em Petrópolis. Em Porto Alegre foi um vendaval horrível, atingiu toda a Cidade. O temporal que caiu na noite de sexta-feira abalou a cidade de Porto Alegre, derrubou arvores, deixou milhares de pessoas sem luz, sem água, provocou inúmeros prejuízos materiais, no entanto o mais importante é que, apesar de toda a destruição, não houve mortes. Temos que agradecer Oxalá, Deus, por isso.

O temporal que atingiu a nossa Cidade castigou principalmente o bairro Menino Deus, um dos bairros mais atingidos e a área Central da cidade de Porto Alegre, provocando queda de cerca de três mil árvores, segundo a Prefeitura de Porto Alegre. Só com a união deste povo maravilhoso e do Governador é que vamos conseguir reconstruir a Cidade e recuperar o grande prejuízo. Desde a primeira hora de sábado, mais de 1.400 pessoas para desenvolver o trabalho em Porto Alegre. É hora de, mais uma vez, mostrarmos que fazemos parte de um povo guerreiro, que não foge à luta, que tem orgulho da sua terra, como é dito no nosso Hino. Este povo maravilhoso não foge da guerra. Este povo é solidário, este povo acredita. Este é o povo gaúcho.

Não adianta ficar reclamando do Governo ou de quem quer que seja numa situação dessas. Não há cidade no mundo que esteja preparada para um fenômeno como o que ocorreu no fim da última semana em Porto Alegre. A natureza, mais uma vez, mostrou a sua força.

Agora, precisamos nos unir para levantar o que caiu, recuperar o que foi estragado e mostrar ao mundo a força de um povo. É claro que jamais vamos conseguir lutar contra a natureza, mas este povo, mesmo diante de tudo, vai para frente e luta com amor, com carinho, sendo solidário. Que maravilha! Pessoas de outras cidades e de outros Estados estão vindo ajudar.

Eu quero parabenizar todas as Secretarias, e, em especial, o DEP e a Defesa Civil. Eu tenho andado em Porto Alegre, não só de carro, e tenho visto o trabalho intenso feito na madrugada, de manhã, à noite, em todos os momentos, principalmente no Centro e no Menino Deus, uns dos bairros mais atingidos, perto do Parque Marinha do Brasil e ao lado do Gasômetro.

Então, gente, eu acredito mais uma vez que, quando cantamos o Hino Rio-Grandense, não é só o canto, é o povo que faz por merecê-lo. Que Oxalá nos abençoe e que nos dê a tranquilidade para lutarmos neste momento e sermos solidários! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela – às 15h25min): Solicito abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, a fim de entrarmos na Ordem do Dia. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Treze Vereadores presentes. Não há quórum.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2766/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 268/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Nícolas Costa de Souza o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Oito – Chácara da Fumaça –, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

PROC. Nº 2914/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 045/15, que autoriza o Poder Executivo a celebrar convênio com os municípios de Gravataí, Cachoeirinha e Esteio, do Estado do Rio Grande do Sul (RS), com a interveniência da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (METROPLAN), visando à execução do Programa de Recuperação de Área Degradada (PRAD) no Aterro Santa Tecla, em Gravataí/RS.

 

PROC. Nº 2132/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 212/15, de autoria dos Vereadores Bernardino Vendruscolo e Kevin Krieger, que disciplina o exercício da atividade de guia de turismo. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 2222/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 219/15, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que institui a Feira Municipal de Artesanato e inclui inc. III no caput do parágrafo único do art 2º da Lei nº 11.213, de 6 de fevereiro de 2012 – que disciplina a realização de eventos culturais, econômicos, políticos ou de outra natureza no Largo Jornalista Glênio Peres e revoga as Leis nºs 9.404, de 3 de fevereiro de 2004, e 10.660, de 20 de março de 2009 –, alterada pela Lei nº 11.575, de 12 de fevereiro de 2014, incluindo essa feira em rol de eventos excetuados da vedação à realização de feiras no Largo Jornalista Glênio Peres.

 

PROC. Nº 2364/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 233/15, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que proíbe, em edificações públicas ou privadas, qualquer forma de discriminação em virtude de etnia, gênero, cor, origem, condição social, relação empregatícia, idade, peso, porte, vestimenta ou presença de deficiência no acesso a seus elevadores e na regulamentação do acesso a essas edificações, bem como da circulação em seu interior e da utilização de suas áreas de uso comum e abertas ao uso público, revoga a Lei nº 7.787, de 24 de maio de 1996, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 2414/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 236/15, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que proíbe toda revista vexatória, desumana, degradante ou ofensiva à integridade física, psicológica ou moral de visitantes em locais que especifica e dá outras providências.

 

PROC. Nº 2532/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 029/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que inclui inc. VII no caput do art. 18-B da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973 – que institui e disciplina os tributos de competência do Município –, e alterações posteriores, incluindo as receitas advindas da repartição de taxas públicas às empresas prestadoras de serviço público e de interesse público em rol de não incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.

 

PROC. Nº 2677/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 255/15, de autoria do Ver. Dr. Raul Fraga, que altera a ementa e os arts. 2º, caput, 3º, 5º e 6º e revoga o parágrafo único do art. 2º da Lei nº 10.959, de 7 de outubro de 2010, alterada pela Lei Complementar nº 677, de 19 de julho de 2011, instituindo abono salarial a todos os servidores públicos municipalizados que desempenham suas atividades na Secretaria Municipal de Saúde – SMS – mediante convênio ou termo de cessão firmado entre o Governo Federal, ou o Governo Estadual, e o Município de Porto Alegre, em virtude da implantação do Sistema Único de Saúde – SUS –, e dando outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela, estou inscrita porque têm três projetos do Ver. Alberto Kopittke que são bastante importantes para a cidade de Porto Alegre. O primeiro institui a Feira Municipal do Artesanato e também inclui caput na lei que trata da utilização do Largo Jornalista Glênio Peres. Lei que nós votamos contrariamente naquele momento, porque tratou de criar uma lógica de privatização e de restrição ao uso do Largo. E obviamente vou aproveitar e colocar à disposição do Ver. Alberto Kopittke, nós temos um projeto revogando essa lei que restringe o uso do Largo Glênio Peres para fazer com que acabe uma política, que infelizmente tem sido implementada no Município de Porto Alegre, de privatização de espaços públicos, cerceamento dos espaços de convivência, de constituição de uma cidade em que a lógica da convivência é permeada sempre pela lógica do consumo. Essa é a tentativa do Governo, mas, felizmente, tem muita resistência, tem muita luta, tem muita organização. Então eu vou olhar com atenção esse projeto, mas já dizendo que os dois outros projetos de autoria do Ver. Alberto Kopittke nos parecem extremamente importantes para a nossa cidade, proíbem em edificações públicas e privadas qualquer tipo de discriminação em virtude de etnia, gênero, cor, origem, condição social, relação empregatícia, idade, peso, porte, vestimenta ou presença de deficiência no acesso a seus elevadores e regulamentação do acesso a essas edificações. Então o projeto visa a resguardar os direitos humanos fundamentais, assim como a proibição da revista vexatória, desumana, degradante aos visitantes em locais específicos, que o Ver. Alberto Kopittke também apresentou hoje. Na primeira sessão de Pauta, estão esses três projetos. Em segundo lugar, eu também queria falar sobre a importância de que haja de fato um programa municipal com clareza, que haja um programa municipal com diretrizes, com organização, para que se tenham atividades e celeridades quando ocorrem situações de emergência no Município de Porto Alegre. Já foi uma realidade quando houve a enchente nas ilhas, brutal, que deixou milhares de pessoas fora de casa e que a população ficou muitos dias sem luz e sem água. Naquele momento já havia, em tantos outros, a necessidade de ter essa diretriz de forma clara, de forma organizada, de forma a garantir a utilização de toda a infra-estrutura por um lado, mas por outro, também dos recursos da reserva de contingência para que o Município possa atuar de forma célere, além do que a prevenção também me parece fundamental. Tanto a prevenção, com relação aos geradores nos hospitais e nós vimos que os temporais atingiram em cheio hospitais da nossa Cidade que tiveram que restringir a sua utilização em função dos danos provocados pelo temporal, mas que também tiveram problema de energia elétrica. Então, também a prevenção com relação a geradores, mas a prevenção também meteorológica. Obviamente nós temos que ter um sistema efetivo de alarmes e de informação no caso de previsões de intempéries dessa natureza como alguns estão classificando “furacão de categoria 1”. Ainda é um debate entre os meteorologistas, mas independente da nomenclatura uma coisa é clara: a questão da possibilidade da previsão anterior para que a população pudesse se organizar. Também a necessidade de uma formação permanente que fosse dada pelos órgãos da defesa civil do Município para que os voluntários, as pessoas soubessem como atuar nesses casos, pois uma das coisas que ficou clara desde sexta-feira foi a capacidade de mobilização do nosso povo. A organização de famílias inteiras sinalizando, na ausência da EPTC na sexta-feira, logo depois do temporal, as ruas que estavam bloqueadas pelas árvores. Então, como uma formação nós podemos descentralizar para os bairros e ter uma celeridade e garantia de segurança para a população que quer ser solidária, que quer ajudar nessa situação e ao mesmo tempo um sistema articulado de prevenção e de emergência, como rapidamente, de maneira célere, os governos atuem nos casos de emergência.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Dr. Raul Fraga está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. DR. RAUL FRAGA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, quero iniciar saudando nosso Ver. Guilherme Socias Villela na presidência dos trabalhos, todos nossos colegas Vereadores, Vereadoras, funcionários, todos os que nos assistem, e desejar que tenhamos um ano de 2016 muito pródigo para a população com os trabalhos desta Casa. Em relação à nossa pauta, tem um projeto de minha autoria que procura fazer um resgate em função dos funcionários municipalizados que prestam serviços na área da saúde, que são estaduais e federais. Lá em 2010 tiveram os médicos um abono, através desta Câmara, e nós queremos, através de um projeto, que o Executivo se sensibilize e que possa resgatar esse abono, no caso, para todos os funcionários municipalizados que prestam serviços na área da Secretaria Municipal de Saúde. Esse projeto está começando a tramitar, gostaria que ele fosse levado em conta com todo o carinho pelo Executivo, uma vez que a sua repercussão financeira é pequena e faz um resgate muito necessário a todos esses parceiros, que estão trabalhando no dia a dia para o Município sem ter seu vínculo na esfera municipal, fazendo as mesmas coisas que os funcionários municipários e ganhando bem menos. Isso seria um reconhecimento necessário que se faz justo neste momento e que este projeto espera resgatar. Aproveitando meu tempo de pauta, gostaria de dizer que entramos realmente na era dos furacões. Porto Alegre se deparou com uma catástrofe, e acredito que nos meus quase 60 anos de vida não consegui ver nada similar, tivemos uma situação que parece uma situação de guerra, e tivemos uma resposta bastante pronta do Executivo Municipal, com uma organização que sabemos que não foi em cima deste fato, que já havia um termo de contingência organizado para isso, e realmente isso fez com que todas aquelas pessoas que estavam à frente das entidades, uma vez atingidas, dessem uma resposta pronta para tudo que se viu e que ainda se vê como devastação no nosso município de Porto Alegre. Temos que saudar, como já foi feito aqui nesta tribuna, a atuação do nosso Vice-Prefeito, Sebastião Melo, que não viu hora, não viu dia, não viu momento, esteve sempre à disposição, como tem estado, demonstrando que essas questões são questões que perpassam a área política, mas quem está à frente do Município tem que dar realmente uma resposta necessária, ampla e direta, no momento, não dá para esperar para depois. Tivemos muita sorte em função da não perda de vidas, pelo que sei até agora, porque foi extremamente grave o que aconteceu, e temos que repensar as nossas estruturas dentro de Porto Alegre. Porque há prédios que balançaram muito. Então, nós temos que ver bem se as normas das estruturas da construção civil de Porto Alegre estão, realmente, adequadas, se não é necessário que haja um reforço visando à prevenção ali adiante. Porque nós estamos vendo, no dia a dia, que o meio ambiente vem tentando resgatar, indiretamente, um pouco desse desmanche que vem sofrendo e que quem paga é o ser humano que, em última analise, é quem vem sendo responsável por esta deterioração do meio ambiente. Então, para finalizar, gostaria, novamente, do apoio de Executivo nesse projeto que se faz tão necessário, de resgatar os nossos funcionários municipalizados para que tenham um ganho mínimo, a mais, um reconhecimento do Município. Muito obrigado, saúde para todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

 O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Muito obrigado, Ver. Dr. Raul Fraga. O Ver. João Ezequiel está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO EZEQUIEL: Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que está aqui presente, os servidores da Casa, que sempre nos recebem com muito acolhimento; eu quero aqui, inicialmente, fazer uma saudação a todos os meus colegas municipários, especialmente, os colegas da Saúde, os colegas do DMAE, os colegas do DMLU, e de outras Secretarias que tiveram, na noite fatídica de sexta-feira, na noite de sexta-feira, na noite fatídica, quando nós tivemos, aqui, em Porto Alegre, um grande evento que envolveu todos nós, um evento da natureza que ainda, como disse aqui a Ver.ª Fernanda Melchionna, ainda não está definido que evento foi esse - se foi um tufão, se foi um furacão, se foi uma tempestade muito forte. Mas eu quero dizer aqui para vocês que, quando a situação é normal na capital dos gaúchos, quando a situação é tranquila, a gente não percebe, mas há muitos servidores, 20 mil servidores, por trás do serviço público fazendo a Cidade funcionar como uma engrenagem, Presidente, fazendo esta Cidade andar. Quando acontece um evento como aconteceu na sexta-feira, que arrancou árvores, derrubou postes, danificou carros, enfim, que cortou a nossa luz, que cortou a nossa água de vários bairros aqui em Porto Alegre, quando acontece esse tipo de evento, há a necessidade de esses servidores atuarem de forma mais efetiva ainda. Eu quero dizer para vocês, eu trouxe um vídeo aqui, mas eu não articulei aqui para botar antes, mas é um vídeo que mostra uma gravação dos servidores do pronto atendimento Cruzeiro do Sul, onde, nos corredores daquele pronto atendimento, Presidente, e nas escadarias, a gente vê uma cachoeira. A água adentra naquele posto, de forma violenta, e os servidores que estão lá têm que atender os pacientes, livrar os pacientes daquela situação e ainda prezar a vida dos pacientes e a própria vida deles.

Isso aconteceu também no Hospital Presidente Vargas, onde colegas que trabalham, por exemplo, na UTI neonatal, onde nós temos pacientes recém-nascidos, pacientes de um dia, de dois dias, Presidente, pacientes de quinze dias, em incubadoras, entubados. Quando faltou luz naquele momento, Presidente, os colegas não sabiam se tiravam o tubo da criança, se buscavam auxílio fora do hospital, o que faziam na hora. O senhor vê a problemática que é para um servidor que está atuando num momento desses. Aí a luz foi restabelecida, porque tem um gerador no hospital, mas foi restabelecida apenas no prédio da internação. Pois bem, já é alguma coisa, mas o que acontece? Quando a luz foi restabelecida, não tinha água! Vocês imaginem o que é um trabalhador da saúde, um médico, um enfermeiro, um técnico em enfermagem atender aos pacientes sem poder lavar as mãos! Vocês imaginem o que é isso! Imaginem fazer um curativo num ferimento que está sangrando, mesmo usando luvas, sem poder ter a alternativa de usar a água para lavar as mãos ou mesmo para lavar o paciente! Eu estou trazendo essas lembranças para dizer que os servidores municipais, neste evento que ocorreu em Porto Alegre, foram verdadeiros heróis.

Eu quero também saudar os servidores do Corpo de Bombeiros, porque nós vimos, naquela noite – eu estava na rua –, o quanto eles se esforçaram. Agora, eu quero dizer também aos gestores públicos, em nível municipal, estadual e federal, que é necessário, sim, que nós tenhamos um plano de emergência para a Cidade que envolva não só os servidores, porque deve haver uma coordenação de como temos que atuar nesses momentos, porque o que nós vimos foram os servidores com a sua coragem e a sua iniciativa resolvendo os problemas. Agora, nós não tínhamos um protocolo, por exemplo, do que fazer lá no HPS, um protocolo do que fazer no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, do que fazer no DMAE. Os colegas do DMAE atuaram de forma muito rápida, de forma muito eficiente para atender à população.

Eu quero dizer aqui, gente, que, neste ano de 2016, nós vamos estar discutindo junto à Prefeitura de Porto Alegre o plano de carreira dos servidores municipais, e quero pedir aqui o apoio dos Vereadores: que a gente tenha em mente tudo que esses servidores vêm fazendo. Nas horas em que a população mais precisa, mais necessita, quem atua de verdade? São esses servidores. Portanto, tenhamos uma atenção para eles. Muito obrigado, uma boa tarde a todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver. João Ezequiel. Não há mais inscritos para discutir a Pauta. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h43min.)

 

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